domingo, 4 de abril de 2010

As ondas do cabelo dela


Olhei as ondas do cabelo dela
Fui pedir pra surfar também
Uma conversa, uma mulher tão bela
Hoje eu não quero ser de mais ninguém
Lhe prometo proteção
Segure aqui a minha mão
Vem contente vem dançar
Embaixo do céu
É o nosso lugar

Olhei as ondas do cabelo dela
Hoje eu quero me afogar
As curvas dela levam pro pecado
Pedi perdão a Deus
Eu vou até la

Ela veio diferente
Numa saia bonita especial
Uma camisa branca destacava seu corpão
Um violão


Jouber Nabor Lacerda

Criança


Aí que saudade eu tenho da infância
Naquele tempo eu já até sabia o quanto bom ser criança
É coisa tão linda
Nossa primeira instância
É palavra e verdade
Soltar segredo e vontade
É amar todo mundo
E ter medo do escuro
É gostar de animais
Sonhar e muito mais
Tanta coisa eu poderia dizer
Mas por agora
Só quero pensar em minha infância


Jouber Nabor Lacerda

Um samba e muito gole ?

Ontem voltei de um samba triste
Pois vi nos olhos de vários
A vontade de conversar
Vi numa esquina dois homens sentados
Bêbados e desabafando para o outro que precisavam de um amor
Ontem vi um louco a gritar
Aos pés de meus ouvidos
Não pediu licença
Mas tudo bem
Isso é vontade de chorar
Um samba
Um gole
Bole bole
Não vi minha princesa dançar
Mas um ex amor passou por mim e me deu um abraço
Eu não sou de aço
Mas também sei me controlar
Vi na face de uma amiga alguns traços de melancolia
A alegria
Cadê ?
Eu que só sei fazer poesia
As vezes me deparo só
Pensando que sou diferente
Louco e doente por sentir demais
Mas isso é coisa passageira
Sempre haverá outra maneira
De libertar meu coração
Se isso é falta de amor
Talvez
E de verdade
Sinto saudade da cumplicidade
Mistura de sexo, amor e amizade
E deixo de lado essa conversa
Vamos ao que interessa
Peça logo desculpa a si
Permita o manifesto da paz
Saibam meus amigos
As vezes em algumas festas
Batemos com testa na parede
Acreditamos que estamos com sede
E não pedimos água pra tomar
Apenas álcool
O elixir da felicidade
Engano
Tem seu valor
Mas o excesso é falsidade
Ali sentados em fileira
Vi muita gente que já vi sorrir
Mas sinceramente não entendi
Pareciam zumbis
Apenas estavam ali
Pois sabe como é
As vezes achamos melhor do que ficar em casa
Em por falar em casa
Também uso pouco a minha
Então me sinto uma criança
Que quando se encontra um pouco perdido
Apenas diz
Quero minha mãe
Oração aos meus anjos

Peço aos meu anjos protetores
Que me guiem
Para os bons olhos de quem quer ver
Pois sei que dentro de muitas palavras
Existem também armadilhas de maldade
E para as pessoas ruins
Eu desejo o encontro da paz
Mas não sinto saudade
Guardo em minha oração
Nomes que as vezes não vejo
Pessoas que percebo valores
E que em momentos importantes
Souberam também compartilhar algumas dores