DOMINGO, TÉDIO E PÊSSEGOS EM CALDAS

DOMINGO, TÉDIO E PÊSSEGOS EM CALDAS


Domingo, tédio!
Parei para pensar:
(eu)
- A primeira vez que comi uma fruta pêssego foi do jeito natural ou em caldas?
(eu pensamento)
- Acho que em caldas...
(eu)
- Mas porque será? De onde veio a fruta pêssego? Qual país tem a melhor safra, se é que posso chamar de safra? Quando ela passou a fazer parte da alimentação frutífera da classe média?
(eu pensamento...)
- É estranho analisar como forma de divulgação ou publicidade a popularização da fruta pêssego.
Antes tínhamos em nossas geladeiras pêssego em caldas, hoje já temos a fruta, exclusivamente. Não sei responder em qual país o pêssego é popular primeiramente como fruta, pois acredito que no Brasil o pêssego foi conhecido também como fruta. Mas de início seu glamour veio do doce... Pêssego em Caldas... Onde a fruta fica em uma compota bebendo o suco de uma bela receita de caldas.
(eu)
- E de onde veio a receita? Seria brasileira, italiana, francesa ou da Antártida (provavelmente daqui não)?
Mas enfim, a minha relação com a fruta pêssego ainda é cheia de dúvidas, mas nem venha me pedir pra fazer uma monografia sobre isso porque eu detesto esse lance de citar um monte autor... rsrsrsrs.
E aí vem o meu prazer com o pêssego em caldas:
(eu pensamento...)
- O pêssego em caldas é uma pele lisa com óleos de azeite, banhado, cortado em formatos de seios de mulher, me oferece todo leite de um prazer que vai me saciar em salivas.
Então dentro de um recipiente de vidro com um design antigo e modernista, ele fica na geladeira de minha casa, colocado sempre por minha mãe.
Abro a geladeira e vejo aquele recipiente brilhando de amarelo escuro, com reflexo de cristais de vidro, mas que talvez nem sejam cristais. Pego uma colher média, um outro recipiente qualquer, jogo dois pêssegos partidos, um pouco da calda e me saboreio com a tal fruta, modificada no sabor, mas muito gostosa para se beijar. Hum...

JOuber Nabor Lacerda