A minha cabeça nunca se ocupou tanto como nos dias de hoje, é fato, as responsabilidades chegam a todos. Nos dois ultimos anos percebi a evolução mental que tive em meu processo criativo. Em minha vida e educação, sempre fiquei em dúvida do valor do trabalho intelectual, nascer em uma sociedade industrial é ver a todo momento pessoas falando de produção, série, cargos e valores. E claro, eu não fiquei fora disso, mas tenho incluso em meu trabalho, o árduo objetivo de criar formas e ações que atraem os olhos de um determinado público.
Vivo entre o processo de criação burocrático e o processo criativo de perceber temas, neste caso, a liberdade de escolha me leva a sensação de ser um artista. É engraçado, todas as vezes que me assumo como tal, sinto um ar de pretenciosidade, mas não, falo isto sem agregar o glamour que a mídia divulga em cima deles, os olimpianos.
Tenho hoje o explícito interesse de propagar minhas poesias e canções. Quero falar de amigos, amores, dores, drogas, política, paz, enfim quero me expressar.
A música lava minha alma e quando canto parece que peço perdão a todas as pessoas que merecem meu pedido de desculpas, me sinto dizendo eu te amo para personagens que já me dediquei, me vejo ali, entregue as válvulas de escape do meu coração, alma e mente.
Estou amadurecendo musicalmente, gravando meu segundo CD e sentido o trabalho do que é se dedicar para o produto final deste trabalho. Quando estou ali no estúdio trabalho minha paciência, exercito as repetições e reconheço minhas milhões de falhas.
Vai, volta, gravando, siga a guia, escute o metrónomo. Parece uma filosofia e em alguns momentos começo a relacionar todo o exercício ali executada em meu cotidiano. Este segundo CD será um resultado de trabalho de amigos que acreditaram em mim, profissionais que compoem comigo e de artistas que querem fazer um movimento. Quero apenas mostrar pra minha cidade e para os músicos dela que se expressar é mais que apenas ter ídolos e fazer citações, é começar a desenvolver seus pensamentos e quando menos se espera, descobrimos um livro de 1800 que já falava tudo aquilo que mora em cabeças atuais.
Somos frutos de conhecimentos passados, mas somos veículos transformadores de ideias.
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Um comentário:
"Somos frutos de conhecimentos passados, mas somos veículos transformadores de ideias".
Adorei!
E acabei de ouvir Abilio!
Foi Julinha que me apresentou teu blog... Vou seguir!
Abraços
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