quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
O TELEFONE
O telefone tocou me pedindo lembrança
Respirei profundo e lembrei-me sem dor
O telefone me cobrou taxas de amor
Sem entender direito o feito de meus atos
O telefone pediu a minha voz
E também queria um abraço
Meu coração não é de aço
E o do telefone também
Até pedi para não ligar
Até pensei não atender
Mas o telefone me quer bem
E eu o bem dele também
Mas por enquanto telefone
Esqueça até o meu sobrenome
Comunicaremos melhor assim
Pois quando me liga com ar de intriga
Não vai ter jeito
Faremos briga
O telefone vai esquecer meu número
Vai ligar pra outro alguém
Mas me desculpe telefone
Com a sua voz eu perco a fome
E é por isso que prefiro ficar sem
Jouber Nabor Lacerda
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