quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O RITUAL


Parece um ritual
Elas se arrumam como ninguém
Colares, pulseiras, brincos e bolsas
Maquiagens para destacar a beleza
Cortes de cabelo para sair da rotina
E ficam ali horas se olhando
Se apreciando em mínimos detalhes
Um jogo de combinação para o espírito do dia
Pode ser vemelho, azul ou famoso pretinho básico
Calça jeans, batom e o decote da moda
Elas são enfeites, preciosidades, aneis de diamante
Em sua bolsa um espelho e pra ajudar algum retoque
Vão sempre ao banheiro juntas
Estão sempre se comunicando
Em doses cavalares de crítica e observação
Elas são galanteadas
Observadas
Que pena, as vezes desrespeitadas
Mas sabem se esquivar
Entendem do olhar
E com muita elegância sorri de vagarinho
Um gesto tão honesto
Uma saída de fininho
E voltando ao ritual
É tudo muito normal
Uma dança de valsa
Com trocas de figurino
Parece um artista na coxia
Se despem e se vestem para um novo personagem
Elas conseguem ser mentira
Mas sabem ser verdade


Jouber Nabor Lacerda

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Figura!!!!!
passei aqui pra ver se vc é realmente um poeta... achei mto bom viu!?! vou passar sempre pra ver as novidades!!
bjãããoooo!!!!
Renata