quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

DeNegrindo o Racismo


Minha pele é negra
meu nariz é negro
Já fiquei na parede pra ser escolhido
Conferiram se meus dentes são sadios
Já brinquei de cavalo pro filho de branco
Aboliram meu eterno serviço de espanto
Sorri e chorei no mesmo tanto
Criei o samba pra esquecer da guerra
Orei pro santo pra que a alma se preserve
Ascendi uma vela para os filhos de xangô
Quero justiça, paz e amor
E este semblante forte
Para darvinismo é proteção
E sei que se oposto
A cor branca também seria escravidão
E todo essa água
Que desce pelo cano
Me diz
Que nosso dicionário
Não define muito bem
O que é ser SER HUMANO


Jouber Nabor Lacerda

Um comentário:

Bruno disse...

Doa esse letra pros Capiau??? Doa