segunda-feira, 14 de julho de 2008

O CÉU é o INFERNO da TERRA


Ontem fui a Igreja e confesso que há um bom tempo não marco minha presença naquele local. A minha relação com a Igreja sempre foi de muito respeito, eu nunca consegui me sentir interagido pela antiga linguagem e ditática das Igrejas, sejam elas de qualquer vertente, mas sempre percebi que ela é um importante meio de interação entre os membros dos bairros da cidade. Quando todos estão ali é interessante entender que o coletivo procura uma harmonia pessoal e principalmente no grupo onde se habita. A Igreja aos domingos representa além do fato da lembraça de DEUS em sua vida, este hábito é também uma forma de centralizar seus interesses perante a sociedade. A Igreja fala sobre política, família, amor, sexo e outros assuntos, tudo isso atrelado ao segmento e linha que cada religião defende. Todas as pessoas precisam de um norte, uma direção e a Igreja é uma forte mídia que norteia uma sociedade, afinal durante 2 horas em todos os domingos, um padre consegue fazer com que um número grande de pessoas fiquem atento em sua palavra. O problema é que assim como a mídia utiliza seus meios para proliferar pensamentos unilaterais, a Igreja passa fazer a mesma ação. Não que isso seja ruim, coletivizar bons pensamentos é uma grande forma de erguer uma sociedade.
"De uns tempos pra cá", estou deixando de lado aquela rebeldia ligado aos tempos de supremacia das Igrejas que os livros de história contavam no colégio, para um publicitário é fácil entender que o ser humano sempre tentará ao máximo fazer com que todos pensem como ele e quando o seu pensamento está aliado a poder e dinheiro, geralmente tudo isso vira uma grande cadeia de manipulação. O remédio da fuga da manipulação é o conhecimento e hoje para minha ideologia, insultar Igrejas e políticas ultrapassadas que se baseiam em distorcidas palavras assinadas com o nome de Jesus no final, não é mais um ato de grande efeito. Para mim, é importante perceber a manipulação e simplesmente não segui-la, sempre que posso falar sobre os tabus religiosos com alguém eu procuro fazer meu discurso.
Mas nesta minha ultima ida a Igreja eu não fui para orar, fui pra perceber o discurso do padre e se todas as pessoas conseguem mesmo interagir com o que é dito ali dentro e como em toda saula de aula poucos prestam atenção, ali não foi diferente, mas eu não quero fazer uma comparação dizendo que é necessário ser o melhor aluno da sala de aula, quer dizer, o melhor discípulo cristão. O que acontece ali é que os argumentos utilizados para explicar a vida e os exemplos de Cristo, ainda são os mesmos de 2 mil anos atrás. A sociedade transformou, pra pior ? Quem disse isso ? Pais sempre mataram filhos, filhos já matavam pais, assassinos serão eternos, ladrões roubam vidas, isso tudo sempre existiu. AH, mas hj tem muito mais. Sim, partindo do princípio de que a sociedade cresceu desesperadamente e que a mídia está em todos o lugares para ganhar dinheiro em cima de notícias que vendem, como já dizia MARSHALL MCLUHAN, " O mundo será uma aldeia Global".
Antes a Igreja era dominadora porque conseguia dizer que o pecado era o passaporte pro inferno, hoje os seres humanos não tem mais tanto medo do inferno assim, afinal uma grande maioria da população, já transou antes do "CASAMENTO SAGRADO", já se embreagou, usa camisinha, conta mentira, é egoísta, já teve a ira, a gula e assim vai. Hoje todos escutam e leêm o pecado e o "melhor", praticam. Com isso o cidadão para e pensa, eu sou uma pessoa boa, não quero o mal de ninguém. Por conta disso eu vou pro inferno? Talvez o inferno já seja aqui mesmo, pois praticamos tudo que é proibido nesta terra rsrs.
A religião conseguiu fazer com que todos os pais obrigassem seus filhos irem a igreja todos os domingos, com isso seus filhinhos entederiam que beber é proibido, fumar é ruim dentre outras coisas a mais, que contribuiriam para a eduação do mesmo. Então perante a caminhada de cada um existe o tema que liberta a mente das pessoas deste mal que se chama "religião". TOdos descobrem o pecado, lendo ? Não, praticando, eu não digo todos os pecados, mas assim como roubo é independente do valor, o pecado ensinado por eles também.
O simbolismo da ida a Igreja aparentemente fez com que todos pecadores ao irem aos domingos em tal lugar, prestassem contas a sociedade e purificassem suas almas dos pecados da semana.
Se alguém sai comovido por ir a missa ? Sim, mas quem comove o sujeito é a fé e esta não precisa jamais de qualquer ambiente específico para encontrar DEUS. A mesma oração que você faz em uma Igreja pode ser feita em seu quarto, mas uma coisa eu concordo. Se todos vão, redimindo-se de suas maldades ou reconhecimento de um erro, o clima de busca pela paz vai prevalecer. Com isso o ambiente fica mais calmo e hamornioso dando a sensação da presença de DEUS (Este mesmo se encontra até em um presídio, afinal o padre sabe que ele é onipresente).
E porque quando o cara passa a ficar mais velho é que se da um valor a mais em ir a Igreja aos DOmingos?????
A nossa juventude é nosso melhor aprendizado, na juventude você descobre que beber é bom, mas que um porre vai dar dor de cabeça, você percebe que fazer sexo é sensacional, mas que é importante ter uma parceira segura para prevenir você de doenças e construir ao lado de alguém uma amizade profunda, você nota que mentir é sinal de que você não pode ser claro e uma hora acaba cansando, você começa a perceber que seu dinheiro está indo todo pra farra e que já é hora de comprar seu carro, casa e sua privacidade. Então você passa a querer entender seus novos objetivos de vida com o nobre e representante maior da religião, JESUS. Este revolucionário certamente não queria que as religiões tratassem o certo e o errado como inferno e céu e assim como fazem os pastores e os padres rsrs, estou eu aqui usando o nome dele para defender minha opinião rsrsr.
O problema da religião foi e sempre será este, querer punir as pessoas perante a sociedade. Definir a mulher separada como pecadora (acho que isso já é antigo, viu como a mente muda?), o marido infiel, o drogado, o gay,o fonicador, o rockeiro, o fulano e o beltrano, enfim, marginalizar aqueles que não seguem as ideologias que eles pregam.
Eu acredito em uma conduta na terra que crie uma harmonia, não matar, não roubar ou sei lá. Na verdade eu queria dizer em não fazer algo que agrida o espaço da vida do outro, seria isso respeito? E acreditando nisso eu me sinto uma pessoa melhor, tento sempre acalmar meu espírito conversando com um ser abstrato chamado DEUS, que ainda teimo em acreditar por apenas me sentir melhor assim. Mas muitas vezes a forma com que tentamos ver as coisas não é bem aceita, e foi assim que quando mais novo vi meus pais várias vezes tratando a minha ida para Igreja como uma moeda para minha diversão. E quando cito exemplo sobre meus pais eu não os culpo, porque hoje eu tento ver outros ensinamentos também foram postos na cabeça deles e alguns em grande maioria foram inseridos na minha educação, no tanto que me fazem refletir e escrever este texto.
Meu bons amigos leitores de minhas idéias e questionamento da vida, eu não quero concluir que tudo que aqui foi escrito seja a verdade para a sua vida, este foi simples relato de um pensamento que me fez respeitar mais evangélicos, espíritas, budistas, católicos e derivados. E não nego que a tentativa de qualquer articulação vindo de minha idéia, tenha o mesmo interesse da religião, nortear pensamentos.
A PAZ DE CRISTO.

Jouber Nabor Lacerda

2 comentários:

jsamira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Janaína Samira disse...

Minha mãe me disse uma vez que eu "acordo como um burro e deito como um cavalo' em relação a religião.Pois ela não me via rezando, muito menos indo a igreja.
Nunca liguei, mãe é mãe e isso era dito como uma forma de criticar meu posicionamento e me convencer a acordar cedo aos domingos para acompanhá-la aos eventos religiosos.
Tenho como lema a máxima do Cristianismo que diz para a gente "amar o próximo como a gente mesmo" e vou vivendo, aprendendo, amando...