quarta-feira, 30 de julho de 2008
Antes, durante e depois da conversa.
Já não se conversa mais como antigamente ou atigamente não se conversava tanto ?
Na era das "rapidinhas" eu acredito que a conversa está diminuindo e quando eu digo "rapidinha" não me refiro a quantidade de tempo que uma transa possa durar, mas sim na durabilidade de uma relação.
Todos nós viramos a hora do rush, a comida fast food. As pessoas se relacionam com muita rapidez e não estão tão preparadas assim para sairem "trepando" por aí com o discurso de sociedade moderna e liberal:
- Eu falando isso ? Será que estou ficando careta ?
Mas pense comigo, homens e mulheres saem anoite bebem um pouco, flertam, rancam risadas, fazem sexo e acordam no dia seguinte com uma pessoa que talvez você saiba muito pouco sobre o que passa naquela cabeça. As vezes aquela pessoa se parece muito com o seu insuportável e prepotente amigo(a) de trabalho ou faculdade.
Estamos transando mais e beijando mais porque a sociedade está ficando mais livre e isso é ótimo. Não recriminar uma mulher porque transou de primeira ou porque na primeira transa de vocês, ela resolveu fazer o Kama Sutra, já é um grande passo. Mas em quantas transas de primeira ou de curto espaço de relacionamento você estabeleceu uma saudável amizade cotidiana? Claro, as vezes não é necessário uma amizade cotidiana e por bel prazer ao invés de ir ao banheiro se masturbar, acaba saindo anoite para satisfazer seus elétricos hormônios do período fértil. Quantas mulheres do interior que quando vão para capital, tomam atitudes que jamais fariam em sua cidade ? Ela transa com o desconhecido da noite porque não vai mais vê-lo, mas não transa com aquele amigo que ela é doida para dar uns pegas bem pesado. É o famoso pensamento de reflexo machista:
- O que ele vai pensar de mim ?
O pior que elas estão certas, até o compreensivo amigo que trata com carinho, as vezes tem dúvidas sobre a conduta da amiguinha que ele conseguiu "comer".
Eu sempre tento colocar na minha cabeça que existem pessoas para se ter somente uma amizade e pessoas que além da amizade servem para fazer um sexo ou até mesmo namorar, mas muitas vezes por atração visual a gente acaba cometendo o pecado. Na verdade, isso tudo de dizer que é pecado, que errou, que não deveria ter ficado com a amiga, é um inconsciente argumento que explica que ainda não sabemos fazer sexo, quer dizer, o ato a gente aprende rápido, mas lhe dar com a situação não é tão fácil assim.
Você já sentiu o famoso "Repúdio Pós Sexo" ?
Pois é, eu já e sempre me incomodei quando terminava uma transa casual e sentia aquela vontade de ir embora ou mandar rapidamente quem estivesse comigo para casa. É uma sensação muito ruim e ao mesmo tempo inexplicável, afinal você tem a consciência que tanto quis fazer aquilo, que fez vários elogios a moça, que levou um papo bacana para chegar até ali e no final você sente algo ruim.
Incomodado com esta sensação eu parei pra pensar:
- Porque quando namoramos não sentimos isso ?
A primeira resposta mental, lógica e rápida é o fator sentimento. E o que é sentimento ? Ao meu ver é um encadeamento de ações que constroem uma sensação negativa ou positiva sobre alguma coisa. No caso do namoro, o cotidiano e as afinidades constroem uma relação e na hora que estamos ali, frente pro outro, totalmente sem roupa, olho no olho, pele com pele, parece que um quebra cabeça é construido, interligando corpo e mente. Então após a transa juras de amor são feitas, vocês continuam se abraçando e quando as juras ficam repetitivas e caso ainda não dormiram, falam da vida, dos pais, filhos, amigos, planos individuais e a dois.
O segredo mora aí, antes, durante e depois ? A resposta você deve saber, depois é sempre bom uma conversa, dê continuidade ao sua conquista, converse mesmo sabendo que talvez aquela não seja a pessoa da sua vida e vai que dentro de um papo você descubra coisas mais interessantes que sexo que acabaram de fazer. No final de tudo você pelo menos vai concluir se aquela pessoa é legal e se souber conversar, certamente terá uma grande chance perceber que acabou de transar com alguém que não vale a pena manter contato.
Assim eu consegui não ter mais o "Repudio pós sexo" e acho que tenho poucos casos de transas de primeira, pelo fato de eu mesmo querer saber mais sobre quem está ao meu lado.
Já que nossos hormônios as vezes nos conduzem igual nosso cérebro, é bom que pelo menos você exercite sua fala, para não sentir algo ruim, com a pessoa que ajudou você ter um ótimo prazer. BOA CONVERSA !!!
Jouber Nabor Lacerda
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Um comentário:
Meu amigo! Vc sempre escrevendo às coisas certas, na hora certa! Gostaria que todos as pessoas tivessem a vontade que vc tem de conhecer o outro, seja ele homem ou mulher, de saber mais sobre o que cerca a gente, de ter a vontade de compreender que vc tem! Sinto muita falta de gente que tem o que falar...principalmente os homens!!!
Bjs
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