O que contarei pra humanidade sobre minha juventude ?
Pretendo dizer em forma de música que tive amigos para os conselhos que talvez não tenha seguido, que tive mulheres que me ensinaram o sentimento da verdadeira poesia sensível, que criei razões para ser amigo de muitos e também adorar meus momentos sozinhos, que conversei com minha tristeza antes de dormir, que fui alegre para cantar as coisas boas que vi.
Eu pretendo dizer que andei descalço sobre a areia, que chorei quando algumas vezes vi o sol sair de trás do mar, que por descuido já fiz sexo sem camisinha, que poucas vezes disse "eu te amo" após amar.
Quero dizer que tive uma família de bons exemplos e tive exemplos de coisas ruins, muitas delas até pratiquei, quero contar que a guerra do mundo já quis se acabar, que o ser humano se proliferou demais, que se perdeu mesmo sabendo que poderia ter paz.
Contarei sobre os tantos nós que tive em minha garganta, sobre o natural conflito de aprendizado que temos com os pais, sobre pessoas que algumas vezes vi e nunca mais.
Não vou esquecer de dizer sobre as festas, sobre as drogas, que até hoje não entendo porque este é um ritual tão milenar.
Tentarei expressar sobre algumas leis criadas pelos homens de ordem, que os mesmo causaram tanta desordem.
Ah, se eu puder me lembrar de cada musa que toquei, terei a certeza que a beleza dessa vida saberei, mas não se engane, nesse tempo já vou ter a única mulher pro meu amar, com os defeitos dessa vida, com os conflitos pessoais, com as notas de meu violão que não param de tocar, jamais.
Referenciarei meus professores, populares ou doutores, que me ensinaram toda a técnica atrelado a teoria, mas quando vi de perto a prática, não usei toda a receita, pois a cobertura de meu bolo não tinha a dosagem certa do açucar que eles achavam necessário.
Citarei então poetas, músicas chulas e de amor, farei uma sincera releitura do tempo que minha memória voltou e caso eu tenha aminésia encarrego a madrugada, que em meu sonho sempre entrou calada, para que o meu acordar encontrasse ao meu lado meu caderno escrito de textos talvez psicografados.
Jouber Nabor Lacerda
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Um comentário:
Direi a humanidade que amei...e ao contrário do que dizem nestas épocas de guerra e pouca paz, foi o único ponto que fez valer esses momentos que justificaram uma vida talvez sem muita valia...
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